Quando entrou no curso de jornalismo, ele achou que podia construir um mundo melhor. Sair com uma câmera e fotografar, filmar todas as desigualdades sociais. Achou que viajaria o mundo e que o patrocinariam. Seus vídeos e fotografias seriam valorizados e que poderia até ganhar prêmios com isso... Mas os sonhos foram esmagados pela realidade desde o primeiro semestre.
No primeiro semestre, o noviço rebelde, conheceu o famoso velho que sabia demais. Esse o já desencorajou nosso jovem sobre seus ideais e metas. Disse que o mundo não precisava de idealizadores e sim de contribuintes. Todos entravam rebeldes, mas o desejo de mudança durava no máximo 4 ou no máximo 05 semestres.
Após tudo isso, ele ainda tentou. Pegou uma câmera emprestada por amigos e fez alguns vídeos. Todos sem sucesso, pois ninguém se interessava pela divulgação. Passado algum tempo, alguns meses, começou a se interessar pelo curso e se dedicou ao jornalismo da apuração de notícias.
O velho que sabia demais reconhecia o potencial do noviço rebelde e assim que o viu interessado, passou a chamá-lo para compor sua equipe de trabalho. Depois de um tempo, era o melhor estagiário e já tinha esquecido todos os seus projetos antigos.
Mas uma coisa que ninguém sabia é que o velho que sabia demais já foi um noviço rebelde. Entrou também com grandes ideias, entretanto, os planos mirabolantes foram sendo apagados e deletados um a um pela realidade.
Sempre que um noviço rebelde cansa de lutar pelos seus ideais, este se transforma nos velhos que sabem demais - difícieis de serem batidos.
Escrita livre
Vou escrever sobre coisas diárias, rotineiras. A única linha editorial será a força da minha mente.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
Há jornalista para cada gosto e estilo
Não existe uma profissão mais plural que o jornalismo. São pessoas com diferentes habilidades, gostos que se reúnem para escrever e narrar a sociedade para a própria sociedade. E pensando nos vários estilos, descrevi alguns deles que convivi:
Jornalistas-poetas:
no lugar de simplesmente noticiar, estes revelam bons escritores de livros com
bastante dramaticidade e riqueza nos detalhes. Infelizmente, na correria dos
meios de comunicação, estes poetas da informação são obrigados a seguir a prática
convencional - noticiar os fatos. Contudo, surgiu um espaço para eles chamado:
jornalismo cultural onde eles podem mergulhar nas emoções. Algumas revistas já
estão focando nessa nova área;
Jornalistas-celebridades:
São muitos. Sonham quando entraram no curso: ficar famoso. Se espelham muito em
Fátima Bernardes e William Bonner. Geralmente, são aqueles que optam pela
Televisão (seguindo seus mestres), mas podem ir para outras áreas também. São
vaidosos e bem cuidados (na maioria dos casos!);
Jornalistas-mundo-sonhador:
Entraram no curso querendo cobrir uma guerra e se não der nada certo apenas ser
correspondente internacional (só isso!). Assistiram muito Caco Barcellos em
suas andanças pelo mundo. Estes possuem instintos humanistas e querem, como ninguém,
melhorar o mundo em que vivemos;
Jornalista-publicitário:
É aquele que gostaria de ter feito publicidade (e também são muitos - acho
que só perdem para os jornalistas celebridades). Prefere escrever pouco e com
frases de efeito. Vive saindo com o diagramador, os publicitários da redação e
os profissionais de Rádio e TV;
O sanguinário:
Geralmente é o antigo da editoria de polícia (hoje virou, na maioria
dos jornais a editoria de Cidades). É do tempo do Código de Menor e adora fotos polêmicas e sempre recheadas com sangue. Não é fã do Estatuto da
Criança e do Adolescente por que este não aceita a linguagem da classe;
Há os jornalistas que são donos de blogs: Trabalham desde os grandes centros urbanos até as pequenas cidades. São os informantes de tudo o que acontece. Alguns escolhem alguma editoria, enquanto outros falam sobre tudo. São seres que merecem respeito pelo importante trabalho que fazem. Sem eles, a informação teria distância limite.
Há os jornalistas que são donos de blogs: Trabalham desde os grandes centros urbanos até as pequenas cidades. São os informantes de tudo o que acontece. Alguns escolhem alguma editoria, enquanto outros falam sobre tudo. São seres que merecem respeito pelo importante trabalho que fazem. Sem eles, a informação teria distância limite.
Repórter-fotográfico: Os olhos do jornal e da sociedade. É aquele que retrata em uma pequena tela
toda a dramacidade do momento. Mexe (com todo o apelo visual) com
nossas emoções. Hoje, ele já está escrevendo, fotografando e filmando (daqui
a pouco todos farão isso).
Os ditadores, opa, os editores: São os mais experientes dos jornais. Possuem cargos de confiança por que conhecem a rotina do corre-corre e se deram bem no passado. Editores são os responsáveis pelas frases mais temidas e aclamadas pela redação, como por exemplo: "Tá grande demais, corte um parágrafo", "Falta uma hora para o fechamento da edição", "João, cadê seu texto? É pra hoje ou para amanhã?", "Só isso? Apure mais", "Parabéns, o dono do jornal mandou parabenizá-lo. Você captou a essência";
Jornalista de economia: Seu dever é transcrever dados, uma tarefa árdua para jornalistas/humanas que naturalmente odeia matemática (na maioria dos casos escolheu o jornalismo por que nunca iria mais ver matemática). Os que são bons com números (raridade) tem emprego para o resto da vida, entretanto, são frequentemente esquecidos nos jantares e outras confraternizações.
Jornalista-esportivo:
o mais fanático de todos (pera, também tem o político). É aquele que escolheu o
jornalismo por que queria entrar em todos os jogos do seu time de graça e
queria escrever a vida toda sobre o seu hobby. Não existe imparcialidade nessa
área. Quando o time dele ganha, pode escrever 50 linhas, entretanto, quando o
adversário ganha, escreve apenas o necessário e ainda fala do campo, da grama,
do técnico;
Pauteiro: É aquele
que passa todas as informações do que deve ser feito. Depois de muito tempo
dizer que é filho de pauteiro é sinônimo de preguiçoso. E ninguém nunca
perguntou o que o pauteiro acha disso. Ele também pode ser o editor;
Tem o famoso
repórter político: aquele que é incansável, não desiste nunca. Para alguns, os
mais chatos da redação. Mexem com gente grande e precisa de muita coragem para
fazer um bom trabalho. São corajosos e precisam de muito "expertise",
se não, caem na pobreza de apuração. Geralmente só falam sobre isso, é amor
demais;
Assessor de
Imprensa: o amado e odiado. O aperriador dos telefonemas alheios. Uma coisa é
certa: assessor nunca sabe quando ligar para o editor ou o repórter, por que
sempre atrapalha alguma coisa. Vivem separados dos demais. Alguns até se acham
especiais, mas são filhos da mesma comunicação. Dizer que sofrem menos com o
Deadline é brigar com a classe. (mas sofrem menos sim);
Os recém-chegados:
jornalistas-twitteiros: São os novos jornalistas, os especializados em mídia
social. Diferente dos antigos, precisam saber de linguagem de computação,
marketing, design, eletrônica, etc. São aqueles que adoram Twitter, Facebook,
Foursquare, Instagram e etc. Estão na profissão que pediram a Deus;
E claro, os
desiludidos: Aqueles que passaram quatro anos e meio no curso, mas que não
conseguiram vencer os preconceitos da sociedade. Aqueles que o mundo também não
aliviou e desistiram. São pessoas que na maioria das vezes não vivenciaram a
prática de correr atrás de uma pessoa faltando uma hora para o fechamento da
edição, ou que sonha em construir um quadro com as suas melhores matérias ou
que vai mudar a vida de alguém com sua publicação;
Nota própria:
ninguém me disse que ser jornalista seria fácil. Por que não é. Quem é
jornalista sabe. Está sempre na rua, observando o movimento das coisas e pronto
para escrever. É um detetive por natureza, herói do cotidiano, poeta e amante das palavras, é um
Clark Kent ou mulher maravilha nas seis horas (em teoria) que trabalha, mas é
um apaixonado pela vivacidade que a profissão propicia;
E para todas essas
pessoas que vivenciam essa correria, essa realidade, eu desejo um Feliz Dia do Jornalista. E muito sucesso!
quarta-feira, 14 de março de 2012
Sou do tipo de repórter que...
Sou do tipo de repórter que admira aqueles que com poucas palavras conseguem dizer tudo, afinal todo jornalista deve ser um pouco sensível a poesia - no sentido do bom uso da palavra;
Sou do tipo de repórter que quando vê algo errado, busca entender o que aconteceu com os personagens mais inesperados, um guardador de carro, um morador de rua, uma secretária, por que os 'grandes', entenda como atores principais ou os indicados das entrevistas, já sabem o que dizer e já sabem para onde seguir com a história, os outros, serão pegos de surpresa;
Sou do tipo de repórter que prefere perguntar muitas vezes a mesma coisa (de maneiras distintas) para entender a história com diferentes pontos de vista;
Sou do tipo de repórter que quando vê algo errado, busca entender o que aconteceu com os personagens mais inesperados, um guardador de carro, um morador de rua, uma secretária, por que os 'grandes', entenda como atores principais ou os indicados das entrevistas, já sabem o que dizer e já sabem para onde seguir com a história, os outros, serão pegos de surpresa;
Sou do tipo de repórter que prefere perguntar muitas vezes a mesma coisa (de maneiras distintas) para entender a história com diferentes pontos de vista;
Chuva: a rival de toda e qualquer maquiagem
No Sertão, a chuva significa vida nova, novas esperanças. É agraciada como o tempo da boa nova, das novas colheitas e dos melhores tempos. É um presente de um bom Deus. Seria obra da Gaia na mitologia Grega, a deusa da natureza, da fertilidade.
Mas longe do sertão e da mitologia grega, as chuvas nos centros urbanos são o desmanche de maquiagens políticas, a desmistificação de heróis e o contraargumento de discursos oriundos das campanhas políticas.
As águas pluviais escondem buracos, entretanto, mostram falhas gritantes de administração, de promessas e acordos firmados com a população. As chuvas acabam com as pinturas baratas dos prédios e deixam expostas as estruturas falhas e velhas. Afinal, a chuva é, declaradamente, rival de toda e qualquer maquiagem, principalmente a política.
Então, quem tiver suas maquiagens que se cuide, o inverno está vindo com força total.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Uma pequena parábola/crônica que meus pais me contavam quando era pequeno e que vale a leitura.
Os sinais não tão divinos assim
Em uma pequena cidade do interior onde os moradores eram bem religiosos aconteceu uma inundação nunca vista na cidade. Quase todos os moradores conseguiram fugir, exceto uma senhora chamada Maria das Graças que era conhecida como a mais religiosa da cidade, do tipo de devota que não largava o crucifixo e vivia para ensinar os outros a palavra de Deus. Nada contra, até o final dessa história.
Quando contaram para Maria da inundação que estava por vir, Maria sempre dizia a mesma "ladainha": "Deus proverá e afastará todos os males de mim" e recusava todos os convites para deixar a cidade e partir em segurança. Um por um, até não restar mais ninguém.
Convicta dos seus ideias e das suas crenças, Maria assistiu a inundação da cidade, pouco a pouco a água invadia as casas, as fazendas e a igreja. Tudo começava a desaparecer com uma rapidez impressionante. A nossa crente percebendo que estava em um local baixo tratou de subir em uma árvore para não ser "engolida" pelas águas do rio. E começava a rezar pedindo para que todas as suas rezas não fossem em vão e que Deus fizesse com que o rio retornasse o seu caminho e que assim a salvasse.
Entretanto, sem que o rio abaixasse ou muito menos retornasse ao seu leito normal, um bote do corpo de bombeiros apareceu e ofereceu ajuda a nossa religiosa que com um ato de bravura indômita disse que não poderia largar aquela provação. "Deus iria ajudá-la. Jamais a abandonaria". E mandou que eles fossem embora sem olhar para trás. "Ela estava segura com Deus". E depois de algumas tentativas, os homens da guarda foram embora entristecidos por não terem salvo aquela velha senhora.
E hora após hora, a maré voltou a subir. E com ela, o volume das orações e das promessas também aumentavam. O desespero e o medo começavam a bater, mas ela dizia que nada iria fazê-la desistir. Ela já estava no galho mais alto da árvore, o único que a maré ainda não tinha chegado.
E de repente, um helicoptero apareceu e dentro dele quatro homens vestidos com uniformes azuis acenavam para Maria das Graças. Estavam felizes por ter encontrado mais uma pessoa e com ela mais uma chance de reviver as esperanças de uma vida.
Eles jogaram uma escada de cabos e perguntavam se era necessário descer para ajudá-la, pois tinha que ser muito rápido por causa da enchente. Era a última ajuda, a última esperança, e ela com lágrima nos olhos disse que não. "Deus não a deixaria ali" e quase ao mesmo tempo foi engolida pelas águas negras do rio.
Após algum tempo, ao saber que tinha morrido naquele dia, afogada, chegou ao céu e foi reclamar
por que ele tinha a abandonado e ele respondeu: "Os homens esperam milagres, mas não vêem as pequenas obras que faço em nome deles, pequenos sinais. Os homens querem ser encantados com espetáculos, mas eu dei olhos para ver coisas simples e serem encantados por essas. Vocês que esperam demais e nada fazem. Se tivessem pequenos olhos continuariam a procurar grandes coisas, e se tivessem grandes olhos nada não veriam as pequenas".
Moral da história: pare de esperar algo divino, Deus faz muita coisa por você todos os dias. Você que não percebe.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Soberba e preconceito contra aquisições de sites de compras coletivas
Pronto. Compra efetuada. Estava esperando uma promoção de
armações de óculos e finalmente apareceu uma. Como estudante universitário que tenta
se manter com um estágio (é claro sem tentar pedir ajuda aos pais) aproveitei a
oportunidade da compra e adquiri aquele objeto. Com o cupom em mãos fui à loja,
chegando ao local fui informado por uma jovem atendente (muito simpática) que
só estaria disponível no dia 02 de janeiro. Como não tinha nada o que fazer,
esperei.
Finalmente o dia 02, voltei a loja de óculos localizada em um
shopping da cidade para, de fato, pegar a minha compra e de quebra mandar fazer
a minha lente no mesmo local, evitar outra saída e testar também os serviços
daquela empresa - voto de confiança. No
local, sou informado que o cupom que estava em mãos talvez não pudesse ser
aceito por que não tinha o código de barras (cabeça minha) e a mesma atendente
sorridente disse que iria falar com sua gerente para o que poderia ser feito. E
foi aí que me veio a surpresa.
Não estava esperando que algo miraculoso fosse feito, talvez
algumas palavras como: "Senhor, infelizmente não poderemos aceitar por que
não existe o código de barra, o que é necessário. Mas vá na lan house aqui do
Shopping mesmo e veja lá em cima do cupom. Você volta e nós já começamos a
fazê-lo", doce ilusão.
A gerente com todo o poder do balcão (seu pedestal de
importância frente a outras atendentes) disse em alto e bom som (para não dizer
quase gritando na frente de todos - inclusive alguns clientes que foram no
mesmo intuito): "Mande ele voltar para casa e imprimir de novo. Ele acha
que sou o que? Agora eu vi!!". E vendo aquela situação
constrangedora, a sorridente voltou sem
jeito e disse que necessitava de código de barras.
Confesso que naquele momento não parei de olhar para a
gerente com surpresa e ver como anda a qualidade do nosso atendimento. Agradeci
a atenciosa jovem e disse que iria retornar a minha casa e imprimir novamente o
cupom, agora o certo, por que eu não sabia que aquele não servia. E disse que
infelizmente, quando voltasse só iria pegar a armação e nada mais e saí. A
atendente me pediu desculpa disse que já tinha acontecido algo parecido antes.
Esse relato aconteceu hoje, 02 (segundo dia do ano), e
quando compartilhei com alguns amigos, percebi que já se tornou uma história
vivenciada por quase todos. Não falo apenas das compras realizadas em sites de
compras coletivas (que são casos gritantes), mas de todo o atendimento/serviço
de nossa cidade. Estamos acostumados com pessoas mal educadas, grosseiras nas
lojas e não fazemos absolutamente nada.
Outro dia vi uma foto de uma jovem reclamando do mal
atendimento de uma loja de sapatos em outra parte da cidade, dizendo que sua
mãe e ela foram supostamente gritadas por uma gerente; depois uma amiga chegou
a dizer que uma manicure não fez direito suas unhas por que não iria receber os
10% por que era do Peixe Urbano. Parece até loucura, mas está se tornando cômodo.
"Invisto em sites de compras coletivas, dou promoção e eles que se
virem".
Contudo, gostaria de explicar aos nobres colegas leitores
que os sites de compras coletivas tem como objetivo principal a divulgação de
seus produtos e serviços e não, como alguns pensam, a promoção. É uma
ferramenta tecnológica que surgiu para facilitar e propagar novas empresas em
um mercado cada vez mais competitivo e sem espaço para amadores (e grosseiros,
diga de passagem).
Esse relato é para alertar donos de lojas e outros estabelecimentos
de serviços que estão sendo oferecidos, pois se uma coisa é que vocês não são é
prestadores de favores, mas de serviços que devem ser de qualidade; e aos
clientes que denunciem sim, claro com todo o respeito e seriedade.
Se existe uma coisa pior do que entrar em uma loja e ser
atendido de uma forma tão desumana, é descobrir que os que foram tratados assim
não fazem nada para mudar.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Morro do Careca volta a ser ameaçado
O Rio Grande do Norte se configura como um dos principais destinos turísticos da região nordeste. O Estado das famosas dunas de Genipabu, da badalada praia da Pipa, da praia de São Miguel do Gostoso (eleita como uma das praias mais bonitas do mundo) e da famosa praia de Ponta Negra, vem sofrendo mais uma vez ameaças as suas atrações turísticas. Agora é a vez do Morro do Careca, principal cartão postal da praia de Ponta Negra que pode ter sua paisagem devastada para especulação imobiliária.
A proposta foi apresentada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, na figura do secretário João Bosco, que contou com o aval da prefeita Micarla de Souza - Partido Verde, que aumenta extraordinarimente de 2,91 hectares para 18,2 hectares a taxa de ocupação permitindo a construção de casas, hotéis, restaurantes no local. A área que alegam ser mínima corresponde a 48 campos de futebol (de área que pode ser devastada, destruída).
O Ministério Público Estadual discordou 100% da proposta. "Com essa proposta (da Semurb) seria melhor nem regulamentar" ponderou a promotora do Meio Ambiente Gilka da Mata. Para Gilka, a Promotoria do Meio Ambiente pretende transformar a Zona de Proteção Ambientel 6 em uma Unidade de Conservação Integral, com o nome de Monumento Natural Morro do Careca e Complexo Dunar Contínuo. Ou seja, nada de destruição.
A promotora argumentou que a Unidade terá fundos e gerência próprios, com uma infraestrutura exclusiva para manter a área e que não dependerá do poder público municipal, ou seja, sem ônus para a prefeitura de Natal e outros órgãos públicos, como a secretaria.
"Temos a faca e o queijo na mão para criar uma Unidade de Conservação. É só a população querer e participar das audiências públicas e encaminhamentos de emails para a Semurb nesse sentido" ressaltou Gilka.
Sendo assim, o projeto poderá ser encaminhado à Câmara Municipal de Natal para a sua apreciação e votação. Esperamos que ele não vire uma Operação Impacto II - o Retorno.
Obs: Qual foram os argumentos da prefeitura para essa proposta de construção/devastação? Em toda a audiência pública não ouvimos nenhuma...
Obs²: Ambas as propostas estão dependendo do secretário João Bosco, da prefeita Micarla de Souza e dos vereadores de Natal. O Ministério Público Estadual pode apenas recomendar, aconselhar.
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