Não existe uma profissão mais plural que o jornalismo. São pessoas com diferentes habilidades, gostos que se reúnem para escrever e narrar a sociedade para a própria sociedade. E pensando nos vários estilos, descrevi alguns deles que convivi:
Jornalistas-poetas:
no lugar de simplesmente noticiar, estes revelam bons escritores de livros com
bastante dramaticidade e riqueza nos detalhes. Infelizmente, na correria dos
meios de comunicação, estes poetas da informação são obrigados a seguir a prática
convencional - noticiar os fatos. Contudo, surgiu um espaço para eles chamado:
jornalismo cultural onde eles podem mergulhar nas emoções. Algumas revistas já
estão focando nessa nova área;
Jornalistas-celebridades:
São muitos. Sonham quando entraram no curso: ficar famoso. Se espelham muito em
Fátima Bernardes e William Bonner. Geralmente, são aqueles que optam pela
Televisão (seguindo seus mestres), mas podem ir para outras áreas também. São
vaidosos e bem cuidados (na maioria dos casos!);
Jornalistas-mundo-sonhador:
Entraram no curso querendo cobrir uma guerra e se não der nada certo apenas ser
correspondente internacional (só isso!). Assistiram muito Caco Barcellos em
suas andanças pelo mundo. Estes possuem instintos humanistas e querem, como ninguém,
melhorar o mundo em que vivemos;
Jornalista-publicitário:
É aquele que gostaria de ter feito publicidade (e também são muitos - acho
que só perdem para os jornalistas celebridades). Prefere escrever pouco e com
frases de efeito. Vive saindo com o diagramador, os publicitários da redação e
os profissionais de Rádio e TV;
O sanguinário:
Geralmente é o antigo da editoria de polícia (hoje virou, na maioria
dos jornais a editoria de Cidades). É do tempo do Código de Menor e adora fotos polêmicas e sempre recheadas com sangue. Não é fã do Estatuto da
Criança e do Adolescente por que este não aceita a linguagem da classe;
Há os jornalistas que são donos de blogs: Trabalham desde os grandes centros urbanos até as pequenas cidades. São os informantes de tudo o que acontece. Alguns escolhem alguma editoria, enquanto outros falam sobre tudo. São seres que merecem respeito pelo importante trabalho que fazem. Sem eles, a informação teria distância limite.
Há os jornalistas que são donos de blogs: Trabalham desde os grandes centros urbanos até as pequenas cidades. São os informantes de tudo o que acontece. Alguns escolhem alguma editoria, enquanto outros falam sobre tudo. São seres que merecem respeito pelo importante trabalho que fazem. Sem eles, a informação teria distância limite.
Repórter-fotográfico: Os olhos do jornal e da sociedade. É aquele que retrata em uma pequena tela
toda a dramacidade do momento. Mexe (com todo o apelo visual) com
nossas emoções. Hoje, ele já está escrevendo, fotografando e filmando (daqui
a pouco todos farão isso).
Os ditadores, opa, os editores: São os mais experientes dos jornais. Possuem cargos de confiança por que conhecem a rotina do corre-corre e se deram bem no passado. Editores são os responsáveis pelas frases mais temidas e aclamadas pela redação, como por exemplo: "Tá grande demais, corte um parágrafo", "Falta uma hora para o fechamento da edição", "João, cadê seu texto? É pra hoje ou para amanhã?", "Só isso? Apure mais", "Parabéns, o dono do jornal mandou parabenizá-lo. Você captou a essência";
Jornalista de economia: Seu dever é transcrever dados, uma tarefa árdua para jornalistas/humanas que naturalmente odeia matemática (na maioria dos casos escolheu o jornalismo por que nunca iria mais ver matemática). Os que são bons com números (raridade) tem emprego para o resto da vida, entretanto, são frequentemente esquecidos nos jantares e outras confraternizações.
Jornalista-esportivo:
o mais fanático de todos (pera, também tem o político). É aquele que escolheu o
jornalismo por que queria entrar em todos os jogos do seu time de graça e
queria escrever a vida toda sobre o seu hobby. Não existe imparcialidade nessa
área. Quando o time dele ganha, pode escrever 50 linhas, entretanto, quando o
adversário ganha, escreve apenas o necessário e ainda fala do campo, da grama,
do técnico;
Pauteiro: É aquele
que passa todas as informações do que deve ser feito. Depois de muito tempo
dizer que é filho de pauteiro é sinônimo de preguiçoso. E ninguém nunca
perguntou o que o pauteiro acha disso. Ele também pode ser o editor;
Tem o famoso
repórter político: aquele que é incansável, não desiste nunca. Para alguns, os
mais chatos da redação. Mexem com gente grande e precisa de muita coragem para
fazer um bom trabalho. São corajosos e precisam de muito "expertise",
se não, caem na pobreza de apuração. Geralmente só falam sobre isso, é amor
demais;
Assessor de
Imprensa: o amado e odiado. O aperriador dos telefonemas alheios. Uma coisa é
certa: assessor nunca sabe quando ligar para o editor ou o repórter, por que
sempre atrapalha alguma coisa. Vivem separados dos demais. Alguns até se acham
especiais, mas são filhos da mesma comunicação. Dizer que sofrem menos com o
Deadline é brigar com a classe. (mas sofrem menos sim);
Os recém-chegados:
jornalistas-twitteiros: São os novos jornalistas, os especializados em mídia
social. Diferente dos antigos, precisam saber de linguagem de computação,
marketing, design, eletrônica, etc. São aqueles que adoram Twitter, Facebook,
Foursquare, Instagram e etc. Estão na profissão que pediram a Deus;
E claro, os
desiludidos: Aqueles que passaram quatro anos e meio no curso, mas que não
conseguiram vencer os preconceitos da sociedade. Aqueles que o mundo também não
aliviou e desistiram. São pessoas que na maioria das vezes não vivenciaram a
prática de correr atrás de uma pessoa faltando uma hora para o fechamento da
edição, ou que sonha em construir um quadro com as suas melhores matérias ou
que vai mudar a vida de alguém com sua publicação;
Nota própria:
ninguém me disse que ser jornalista seria fácil. Por que não é. Quem é
jornalista sabe. Está sempre na rua, observando o movimento das coisas e pronto
para escrever. É um detetive por natureza, herói do cotidiano, poeta e amante das palavras, é um
Clark Kent ou mulher maravilha nas seis horas (em teoria) que trabalha, mas é
um apaixonado pela vivacidade que a profissão propicia;
E para todas essas
pessoas que vivenciam essa correria, essa realidade, eu desejo um Feliz Dia do Jornalista. E muito sucesso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário