sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Análise do #Natalemchamas - suposto ataque do PCC

Recordo que há alguns meses o estado do Rio Grande do Norte recebeu a notícia que Fernandinho Beira Mar estaria vindo para uma das penitenciárias do nosso estado. O alerta foi geral. Centenas de pessoas anunciaram no Twitter que não queriam e foi um alvoroço.

Parte da imprensa, sem saber de dados reais, começou a colocar várias coisas que poderiam acontecer se aquele caso fosse efetivado. E um deles seria "A vinda do Pcc ao Rio Grande do Norte".

Alguns blogueiros, sem ter o que publicar, disseram que membros do PCC já estavam na cidade. Já estavam articulando a libertação de Fernandinho. Iria ser um plano a nível do "Assalto ao Banco Central", agora com explosões e grandes guerras, mas até que o tempo foi passando e as pessoas foram esquecendo...

No entanto, eu destaco que há muito tempo o medo, o receio foi implantado na sociedade norte-rio-grandense. Qualquer grupo corajoso o suficiente de queimar um ônibus seria encarado como PCC. Afinal, não é comum vermos por aqui. Mas será que Natal continuará sendo pacata para sempre?

Muitos podem brincar no Twitter, mas saindo pela cidade o que se observa é que Natal está desértica. Conversei com um dono do bar que confirmou "nós temos aqui por que precisamos, mas é impossível ficar seguro. O medo tomou conta" Antônio Oliveira, proprietário do bar do Oliveira em Candelária.

Resumindo. Com o medo que nós temos hoje em dia, qualquer bandido mais corajoso será membro do Pcc ou de outra quadrilha, grupo perigoso. Estamos amedrontados pelas histórias que nos deixaram contar. Fomos bons ouvintes de uma boa história de terror.

E sobre o vídeo do detento que fala que o PCC está articulado no estado do Rio Grande do Norte, assim como em todos os estados, eu digo: todo carcerário sabe que preso ameaça. Se ameaça funcionar, ele ganha, se não, ele tentará novos meios de meter medo.

Eles sabem como mexer com os nossos sentimentos, com os nossos medos. É só ameaçar, dizer que tudo o que não queremos ouvir, escutar. Ou seja, dizer que o mal chegou.

Agora deixo uma questão, se nossa segurança fosse tão boa assim, nossa justiça fosse tão compromissada será que nós teríamos esses medos? Pense.



Ps: Toda a minha análise foi baseada nas minhas opiniões e de pessoas próximas. Esperamos que o PCC não esteja, de fato, na nossa cidade.

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