quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Morro do Careca volta a ser ameaçado

O Rio Grande do Norte se configura como um dos principais destinos turísticos da região nordeste. O Estado das famosas dunas de Genipabu, da badalada praia da Pipa, da praia de São Miguel do Gostoso (eleita como uma das praias mais bonitas do mundo) e da famosa praia de Ponta Negra, vem sofrendo mais uma vez ameaças as suas atrações turísticas. Agora é a vez do Morro do Careca, principal cartão postal da praia de Ponta Negra que pode ter sua paisagem devastada para especulação imobiliária.

A proposta foi apresentada pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, na figura do secretário João Bosco, que contou com o aval da prefeita Micarla de Souza - Partido Verde, que aumenta extraordinarimente de 2,91 hectares para 18,2 hectares a taxa de ocupação permitindo a construção de casas, hotéis, restaurantes no local. A área que alegam ser mínima corresponde a 48 campos de futebol (de área que pode ser devastada, destruída).

O Ministério Público Estadual discordou 100% da proposta. "Com essa proposta (da Semurb) seria melhor nem regulamentar" ponderou a promotora do Meio Ambiente Gilka da Mata. Para Gilka, a Promotoria do Meio Ambiente pretende transformar a Zona de Proteção Ambientel 6 em uma Unidade de Conservação Integral, com o nome de Monumento Natural Morro do Careca e Complexo Dunar Contínuo. Ou seja, nada de destruição.

A promotora argumentou que a Unidade terá fundos e gerência próprios, com uma infraestrutura exclusiva para manter a área e que não dependerá do poder público municipal, ou seja, sem ônus para a prefeitura de Natal e outros órgãos públicos, como a secretaria.

"Temos a faca e o queijo na mão para criar uma Unidade de Conservação. É só a população querer e participar das audiências públicas e encaminhamentos de emails para a Semurb nesse sentido" ressaltou Gilka.

Sendo assim, o projeto poderá ser encaminhado à Câmara Municipal de Natal para a sua apreciação e votação. Esperamos que ele não vire uma Operação Impacto II - o Retorno.


Obs: Qual foram os argumentos da prefeitura para essa proposta de construção/devastação? Em toda a audiência pública não ouvimos nenhuma...
Obs²: Ambas as propostas estão dependendo do secretário João Bosco, da prefeita Micarla de Souza e dos vereadores de Natal. O Ministério Público Estadual pode apenas recomendar, aconselhar.













domingo, 11 de dezembro de 2011

As três visões sobre o governo do RN

Oposição extremista: Esse governo não presta! Tudo está uma me... Vamos tirá-lo agora!

Situação extremista: A culpa é do governo anterior! Foi ele quem deixou esse caos! Não temos culpa!

Eleitor sem partido: A verdade é que um ano se passou e pouca coisa foi feita. "Ainda estamos esperando o fazer acontecer".

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Semiótica do machadão

Analisando o dia-a-dia da nossa frenética sociedade, percebi que estamos cercados de fatos e atitudes de segundos. Todos os dias as pessoas falam e fazem coisas que, aparentemente, não são propositais, mas que denotam certas características bem interessantes. Uma delas é a demolição do Estádio João Machado, mais conhecido como Machadão.

Aos que não se recordam, o Machadão foi construído há 19 anos pela então prefeita de Natal Wilma Maria de Faria. A construção era um triunfo para a capital potiguar, uma obra que dividia os créditos e que arrebatava os ânimos dos políticos que desejavam ser os padrinhos da obra e ver na pedra da fundação, seu nomes estampados.

Passado algum tempo, a construção, em formato de ondas do mar (um simbolo do nosso turismo que é sustentado pelo binômio sol e mar), foi visto como ultrapassado para um fenômeno altamente moderno, espetacular, século XXI. Então, viram que aquele monumento estava ultrapassado.

A prefeita que agora era governadora do Estado, Wilma de Faria, deu o aval para mais uma nova construção, a Arena das Dunas. No entanto, ao perder a eleição, a construção não aconteceu e acabou deixando a tarefa para a sua sucessora, Rosalba Ciarlini.

Rosalba, adversária ferrenha de Wilma (pelo menos no momento), tinha em suas mãos a missão de demolir aquela obra (como combinado)  e dar local ao novo estádio, agora chamado de Complexo esportivo. 


Não fizeram nenhum vídeo de "Adeus ao antigo Estádio" e, em menos de 21 dias - quando começaram de fato as demolições, ele já estava totalmente no chão.

Imerso em poeira e concretos marcados por assinaturas daqueles que nem sentiram falta e nem ao menos se importaram. O Machadão se foi sem deixar remorço, nem deixar culpa por nunca ter sido, de fato, amado.


OBS: Um pequeno grupo de estudantes, alguns que nunca foram ao Machadão, estão tentando chamar atenção do Poder Público para a construção do Museu do Machadão, eles defendem que uma das áreas do Complexo Arena das Dunas seja para preservar a imagem daquele antigo estádio e das histórias (amores, traições) que ali passaram.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011


Uma foto vale mais que mil palavras, não?

legenda: "O encontro das gerações"

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Observações do rompimento entre Robinson e Rosalba


(Começou errado) Meras especulações, mas o que tudo indica Robinson já teria começado errado com o governo. E sabe por que? Logo no começo, recordo que surgiu especulações que o próprio iria disputar o governo em 2014, e venhamos e convenhamos, acho que a Rosa não gostou nem um pouco disso, e pior acho que nem Carlos Augusto Rosado, o marido da Rosa que ao que tudo indica (conforme os blogs natalenses) é quem dá os direcionamentos do governo.

(Senado) Outro erro fatal, Rosalba sabe que o deputado Henrique Eduardo Alves é um dos políticos mais influentes do estado junto ao governo federal (mesmo que a Rosa seja do DEM, nada melhor que um amigo em comum com a presidente - Henrique aparenta ser mais próximo da Dilma, afinal ele vive conversando com ela). Mas onde está o erro? Depois de passar 40 anos na Câmara Federal, H.E.A quer crescer e almeja o senado. Não assume, por que afinal, pode parecer deselegante, ou melhor um "desserviço" ao RN (e foi isso o que ele disse a Robinson). Então, quando Robinson disse que tinha aspirações ao Senado foi contra os planos de Henrique, e a Rosa preferiu ficar ao lado do diretor geral da Tribuna do Norte.


(Aumentos) Outro fato (que acho que será justificado por Rosa/Carlos) será que quando assumiu o governo, Robinson não ouviu os conselhos da governadora e deu aumentos para o Ministério Público. Acho que um argumento pouco provável, se ele quisesse mesmo "estourar" a boca do balão, ele teria contratado os 824 policiais civis que aguardam um momento para serem convocados. Será que cola esse argumento? Para muitos, sim, e um belo não na minha pouca concepção política.


(Criação do PSD) Outro fato que vai aparecer é a criação do PSD. Agripino, como presidente nacional do DEM, poderia ter se sentido desmoralizado com a criação do PSD no RN. Afinal, ao que tudo indicava o partido iria nascer grande, contudo não nasceu. Nos jornais, argumentam que alguns atores políticos entraram no jogo. Se parar para pensar, se o PSD conseguisse todos os deputados estaduais que tinham supostamente "firmado" o compromisso, o partido poderia indicar um líder e o governo dependeria do PSD de Robinson para seus empréstimos milionários. (Outro sonho é entender para que tanto dinheiro se não vemos as obras acontecerem). Enfim, Carlos Augusto, a Rosa, Henrique e Agripino presos a Robinson? Acho que para eles isso seria o fim. Outro ponto interessante é que o PSD teria ao seu encontro o presidente da Assembleia Legislativa - o que em outros termos - marketing para o PSD a nível nacional e vergonha para Agripino.


(Amizades antigas) Fugindo do presente e do passado de meses, vamos questionar uma coisa: será que as alianças entre a ex-governadora Wilma de Faria e o ex-governador Iberê Ferreira de Souza também não influenciaram tais decisões? Tais brigas, desacordos? Afinal, adversários ferrenhos, Wilma e Agripino iriam manter um amigo em comum como Robson? Acredito que não.


A questão agora é: com quem Robinson irá contar. Quem?


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Brasil se vangloria de ser terceiro mundo

Pensei em dizer que se tratava de "marketing do terceiro mundo", mas os estudiosos do marketing iriam me matar por reduzir o termo (conceito) como se fosse uma ferramenta para ludibriar as pessoas, o que, de fato, está bem longe de ser verdade. Mas como a nossa conversa nao é sobre o marketing e sim sobre o orgulho dos políticos brasileiros em dizer que o Brasil é um país de terceiro mundo, vamos lá!

Reconheço os critérios que levam um país a ser considerado de primeiro mundo (saúde, educação, desenvolvimento humano, indústria nacional forte, moeda competitiva), mas será que o Brasil quer realmente deixar de ser terceiro mundo? Eis a questão. Um paralelo histórico: quando Hamlet se questionava "Ser ou não ser, eis a questão!" talvez ele estivesse pensando (assim como os políticos brasileiros) os deveres/obrigações que ele teria que assumir após ter a certeza que ele era alguém. 

O Brasil tem todos os indicativos de crescimento. Tem uma das economias mais fortes (após a crise de 2008 - devido a sua imensa reserva cambial); é um dos países com a maior arrecadação de impostos, é uma nação que mantém um funcionarismo público caro e exorbitante (um dos maiores do mundo), e ainda é um país que gasta 2 Bilhões para um simples jogo de Copa do Mundo (depois dessa tudo fica parecendo piada). E mesmo assim alguns políticos brasileiros dizem que o país é pobre. Pobre por que não querem assumir o ônus de ser um país de primeiro mundo. "Ajudar os outros para que? Vou lavar o dinheiro no salão da Câmara, do senado. É mais perto e ainda posso 'controlar' os gastos".

Acredito que no Brasil não existe país pobre, existe gestão pobre. No exterior as pessoas admiram o espírito brasileiro de luta, de conquista, de determinação. Afinal, não são todos que conseguem pagar a carga tributária exorbitante e comprar um carro novo, uma casa nova, ou pagar um plano de saúde privado, escola particular para o filho por que o serviço público não é eficaz.

Bilhões de reais e por que não dizer trilhões? E o que vemos? Negações. Greves. Se nada funciona, então por que pagamos tão caro e por que pedem tantos empréstimos? Será que precisaria de um Shakespeare, um Platão para responder tais questões? Acho que não.

Para terminar, deixo um recado. Concordo com todos que dizem que essa fase de corrupção irá passar, ainda somos jovens (país jovem), eu concordo, como jovens gastamos em festas, farras, futebol, mulher, cerveja, viagens, é isso que importa não? Afinal, ainda não crescemos e não queremos as responsabilidades de um país maduro, de primeiro mundo. Enquanto der vamos empurrando com a barriga... Afinal, ser terceiro mundo é bacana, não é?

domingo, 9 de outubro de 2011

Empresa Oi - Desabafo II

Falo para minha mãe o novo problema com a empresa. E minha mãe, pacientemente, me diz:
"Meu filho, não adianta você ficar ligando. Hoje é domingo e eles não vão te atender. Você já ligou 5 vezes".

Eu digo:
"Para tirar Rs 14,97 de uma vez é fácil. Agora atender uma ligação, eles não podem. Entram de recesso".



Coisas da Oi.

Empresa OI - desabafo

Foram 5 inscrições em clubes pagos de entretenimento, diversão, notícias sem pedir. E a atendente ainda disse "Senhor, talvez o senhor tenha esquecido que fez a inscrição". Achei muita irreverência da cara dela dizer isso. Afinal, acho que o que mais mexe com o homem moderno é o bolso, não é mesmo? Então será que eu seria "roubado" 5 vezes, cada roubo custando 5 reais, por simplesmente descuido? Falta de atenção? Eu acho que R$ 35,00 não são R$ 0,35. Não é mesmo?

Outra coisa que acho completamente errada é buscar, ir ao encontro e um androide, robô ir lhe atender. Não sou contra o avanço da tecnologia, eu sou contra o avanço da humilhação do cliente. Será que é difícil para que essas empresas entendam que o cliente merece respeito? Queremos falar com pessoas reais, e não fantoches que só sabem falar de promoções.

E o atendimento? Homens e mulheres que se foram treinados, não parecem. Muitas vezes são grosseiros e se irritam fácil, (você não pode se irritar - apesar da vontade - por que pode voltar contra você) eles dizem que a culpa de tudo aquilo é você, e afinal é mesmo, pois foi você que contratou aquele serviço. Portanto, sobre o atendimento eu digo o seguinte: na Oi, o cliente não é a prioridade, não é o rei, mas o subalterno.

O pior é que estamos acostumados a sermos tratados como ignorantes. Pessoas que não estão nem aí. Pessoas que xingam "muito no Twitter", mas que nada fazem a não ser xingar, reclamar. Afinal, essa é a utilidade do microblog não? "Twit twit twit = onomatopeias de um pássaro que deu origem a simbologia da rede social.

Enfim, eu digo uma coisa. Resolvi postar aqui toda a minha revolta, insatisfação com essa empresa chamada Oi. Por muito tempo achamos engraçados as crianças dizendo Oi, como se fosse fácil assim. O que nunca foi. Será que vamos dar continuidade a esses péssimos serviços? O Brasil está entre os líderes dos países que mais  pagam com telefonia móvel e fixa e também está entre os líderes com o pior sinal, com a menor quantidade de estrutura física para tais serviços, e o que fazemos? Twit twit twit.

Enfim, acho que o nosso país é um país de milionários que não se incomodam com os péssimos serviços que são oferecidos.


A revolta se deu (entre as cinco inscrições, a queda do sinal e o péssimo atendimento) após a OI cobrar misteriosamente 14,97 reais de uma mensagem.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Frases

Não foi Cascudo, Carpinejar ou Machado de Assis que disse isso, mas acho que foi uma das frases mais verdadeiras que eu já falei e ouvi: "A felicidade causa inveja".

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Múltiplos de cinco

Eu parei por exatamente 20 min para conversar com eles (moradores de rua). Nesse curto espaço de tempo, a força do vício já se mostrava. Eles se remexiam. Queriam me ver bem longe. Eles contavam o dinheiro e ficavam com raiva quando o faturamento tinha sido baixo. Gritavam, reclamavam. Queriam mais múltiplos de cinco para as próximas aquisições.

Das drogas para as ruas

Muitos apanharam. Muitos bateram. Alguns foram abandonados, outros abandonaram a família. Agora quase todos confirmam: as drogas vieram primeiro que as ruas. - Retrato dos entrevistados que moram nas ruas da Grande Natal.

Sem tetos? Não

Uma coisa que eu percebi que os "sem teto" são chamados assim por jornalistas e pela sociedade abrigada. Por que para eles, são natalenses.

Diferentes medos


Nós temos medos deles 
e eles tem medo de nós. 
Por medo, fechamos os vidros
Enquanto eles abrem os olhos
 temos medo de possíveis assaltos
Eles de serem queimados enquanto dormem.






sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Análise do #Natalemchamas - suposto ataque do PCC

Recordo que há alguns meses o estado do Rio Grande do Norte recebeu a notícia que Fernandinho Beira Mar estaria vindo para uma das penitenciárias do nosso estado. O alerta foi geral. Centenas de pessoas anunciaram no Twitter que não queriam e foi um alvoroço.

Parte da imprensa, sem saber de dados reais, começou a colocar várias coisas que poderiam acontecer se aquele caso fosse efetivado. E um deles seria "A vinda do Pcc ao Rio Grande do Norte".

Alguns blogueiros, sem ter o que publicar, disseram que membros do PCC já estavam na cidade. Já estavam articulando a libertação de Fernandinho. Iria ser um plano a nível do "Assalto ao Banco Central", agora com explosões e grandes guerras, mas até que o tempo foi passando e as pessoas foram esquecendo...

No entanto, eu destaco que há muito tempo o medo, o receio foi implantado na sociedade norte-rio-grandense. Qualquer grupo corajoso o suficiente de queimar um ônibus seria encarado como PCC. Afinal, não é comum vermos por aqui. Mas será que Natal continuará sendo pacata para sempre?

Muitos podem brincar no Twitter, mas saindo pela cidade o que se observa é que Natal está desértica. Conversei com um dono do bar que confirmou "nós temos aqui por que precisamos, mas é impossível ficar seguro. O medo tomou conta" Antônio Oliveira, proprietário do bar do Oliveira em Candelária.

Resumindo. Com o medo que nós temos hoje em dia, qualquer bandido mais corajoso será membro do Pcc ou de outra quadrilha, grupo perigoso. Estamos amedrontados pelas histórias que nos deixaram contar. Fomos bons ouvintes de uma boa história de terror.

E sobre o vídeo do detento que fala que o PCC está articulado no estado do Rio Grande do Norte, assim como em todos os estados, eu digo: todo carcerário sabe que preso ameaça. Se ameaça funcionar, ele ganha, se não, ele tentará novos meios de meter medo.

Eles sabem como mexer com os nossos sentimentos, com os nossos medos. É só ameaçar, dizer que tudo o que não queremos ouvir, escutar. Ou seja, dizer que o mal chegou.

Agora deixo uma questão, se nossa segurança fosse tão boa assim, nossa justiça fosse tão compromissada será que nós teríamos esses medos? Pense.



Ps: Toda a minha análise foi baseada nas minhas opiniões e de pessoas próximas. Esperamos que o PCC não esteja, de fato, na nossa cidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vida jornalística

Aluno de pré que decidiu fazer jornalismo pensa: "Fazendo jornalismo eu serei igual a William Bonner ou posso viajar igual a Caco Barcellos, ser um correspondente internacional e cobrir guerras, ou ainda escrever para uma revista como a Rolling Stones e entrevistar Paul McCartney!".

Aluno do curso de jornalismo no segundo período pensa "Que matérias chatas! Para que pagar tantas 'gias'? É sociologia, filosofia, economia... Argh! Eu quero estagiar!"

Aluno do quarto período "Meu estágio é massa! Trabalhando muito. Acho que já sou jornalista formado! Não vejo a hora de me formar!"

Aluno do sétimo período "Estágio massa. Espero ser contratado, caso contrário irei mudar de jornal ou até de profissão! Quero ganhar dinheiro."

Jornalista recém-formado pensa "Esse mercado está fraco. Será que eu deveria ter mudado de emprego quando tive dúvida? Escolhido sei lá, direito ou engenharia civil que estava em alta? Mas eu nunca gostei de matemática... Vou pegar uns trabalhos em assessoria... Eu não vou largar jornalismo não!"

Jornalista antigo pensa "Olha esses jovens de hoje! Quantas idéias! haha. Lembra até o meu tempo e minhas besteiras. E olhe que foram muitas besteiras! Muitos sonhos! haha. E pensando que quando eu era jovem, não sabia que a vida de jornalista ia ser tão corrida e sofrida, mas que no final sempre gostamos!"

No Funeral do Jornalista os amigos pensam "Até que era um cara legal. Falava muito, mas era bacana. Ele foi apurar melhor do outro lado."




Contos jornalísticos

Jornalista: "Garçom!! Me vê uma dose de coragem! O dia está pedindo!

Garçom: "Está faltando. Vai um café?"

Super homem?

Jornalista que se acha super-homem é aquele que não esteve na guerra ou pisou na lama de verdade.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Histórias mal contadas.

Vírgulas alimentam histórias mal contadas, pontos não.

Por que?

Por que é o cisne negro que é malvado e não o cisne branco? Por que o negro e o vermelho são cores odiadas e não o azul ou o verde? Por que aceitamos tudo tão facilmente quando não nos envolve? Por que?

Seus olhos

Nos seus olhos, eu vejo preconceito, eu vejo rancor, eu vejo raiva. Eu vejo que ninguém perguntou se você está bem ou o que aconteceu.

O extraterrestre

O Extraterrestre só é extraterrestre quando está longe de sua casa, do seu lar, da sua paz.

A Troca

Uma vez me perguntaram se eu trocaria uma pessoa querida por toda a felicidade que existe no mundo. E eu respondi, "não entendi a proposta. Eu vou trocar você por você mesmo?"

Corremos atrás...

Corremos atrás do emprego perfeito, da promoção desejada, do ônibus que acaba de partir, do apartamento que acaba de ser lançado, mas não corremos atrás das pessoas que deixamos para trás.




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um erro

Sabe quando você passa a vida inteira seguindo uma linha imaginária? Um pé atrás do outro, com passos largos, seguros e com o mesmo espaço de tempo? No entanto, num descuido você se desequilibra, cai de joelho e põe suas mãos no chão? Aí, nesse momento todos param, e olham para você e se perguntam "Como e por que você fez isso?" e falam "Esperava mais de você!".

Pois é, basta um erro para você se tornar humano, mortal, cheio de erros, imperfeito. Basta um erro para você ser recriminado, posto de lado, julgado. Para alguns um erro pode ser a razão pela qual você irá perder seu emprego, seu casamento, sua consciência, a sua "boa fé", mas pode ser também que esse erro te faça ver que nada daquilo fazia sentido.



Alguns vêem erros como uma maneira errada de fazer o certo, outros como uma forte indicação que somos humanos e os pessimistas vêem o erro como uma maneira de criar, transformar humanos em verdadeiros demônios.

Quem critica muito o erro de alguém, desconta a insatisfação dos próprios erros no outro.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Brasil, abra o olho

‎"Queimaram um índio porque 'acharam' que fosse um mendigo; bateram numa empregada doméstica porque 'acharam' que fosse uma prostituta; deceparam a orelha de um pai e bateram nele e seu filho porque 'acharam' que os dois fossem gays. E se todos estes FOSSEM o que eles ACHARAM QUE FOSSEM, aí pode? Isto é século XXI ou retorno à Idade das Trevas?" (Romualdo Flávio Dropa)

Bullying

Foi necessário dezenas de pessoas unirem seus gritos de pavor e medo para ele ter seu pedido de socorro ouvido.

Fazia dias que seu grito solitário não despertava a atenção de ninguém. Nem dos seus pais (heróis ocupados) ou professores (profissionais cada vez mais distantes).

Foi necessário uma atitude extrema para um fato tão pequeno e tão importante. Ser ouvido e ter o seu respeito necessário.

O grito único dos que sofrem bullying é um grito que é abafado por uma sociedade que nada vê, a não ser extremos.

A cada dia temos que transpor limites para sermos notados.

É isso o que as nossas crianças estão sentindo: olhos que só enxergam grandes atos, na maioria, grandes desgraças.


Ele e ela

Um casal de idosos, ambos por volta dos 90 anos de idade, conversavam sobre o que tinham aprendido sobre a lingua portuguesa com seus pais e professores até então. Eram tantas regras que pensaram em relembrar aqueles anos de escola.

O senhor que se achava mais esperto foi o primeiro e começou dizendo "o palhaço, o colégio, o pai, o amigo, todas as palavras que tem o "o" na frente sempre serão palavras masculinas" afirmou sem meias palavras. Estava certo do que dizia. Pois tinha prestado muita atenção na aula e não costumava errar.

No entanto, quando chegou a vez da senhora. Ela disse que discordava de tudo aquilo. Ela parecia certa do que dizia.

Então o ancião sem entender, questionou a afirmação dela. "Ela só podia estar louca" pensou.

Com palavras doces ela disse "menino ou velho podem ser chamados de "Ela" sim. É só ele ser "A" Felicidade de alguém. Portanto você é Ela, você é a parte que me complementa, a parte que me faltava, a minha felicidade" e abraçou o seu marido.


Assista: Jô Soares: definição de amor para crianças de 04 a 10 anos de idade.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Análise do #nataldasantigas e #mossorodasantigas

"Socorro, o pessoal enlouqueceu!" "Eu não agüento mais! É #nataldasantigas para cá , é #mossorodasantigas para lá. Chegaaa!"

Estamos vivenciando um período que todos querem manifestar a sua opinião. Uma boa parte da população está com acesso fácil a internet (lan houses, telecentros, modens, entre outros). Sendo assim todos querem contribuir com informação e opinião.

"A internet se tornou a voz e o canal para a dispersão de vozes. Vozes que falam sem parar, todos querem ser ouvidos. Todos falam sobre tudo e sobre todos"

Várias são as manifestações grandiosas que vemos na internet. Entre elas podemos destacar a #ondaverde proporcionado pelos militantes de Marina Silva (Ex-Pv); depois pelos manifestantes do #ForaMicarla, criado por jovens contrários a administração da prefeita de Natal, Micarla de Sousa.

São fenômenos políticos, sociais que invadem nossa ‘timeline’ linha do tempo-linha de leitura. E aceitando ou não, acabamos consumindo a informação. E quanta informação!

Esses dias observei o fenômeno do #nataldasantigas e #mossorodasantigas. Um fenômeno que tentava resgatar fatos históricos de duas importantes cidades do estado do Rio Grande do Norte.

Contudo, o tópico que passava mais por vias cômicas acabou irritando muita gente. Muitos diziam que era só mer... e que toda aquela dita ‘brincadeira’ era perda de tempo.

Sendo assim, tentei análise daquele momento, daquela manifestação. O que ela tem de interessante? Será que nada? Vejamos...

Nos tópicos pesquisados, uma grande parte do volume da informação se diziam insatisfeitos com a segurança publica. ‘Tweets’ como "Andar sem ter medo de ser assaltado #nataldasantigas" ou "Flanelinhas eram só flanelinhas e não assaltantes #nataldasantigas" eram alguns deles.

Desprezível o comentário? Acho que não. Denúncias sérias? Acho que sim. Mas não pára por aí.

"Brincar de ‘biloca’ com os amigos em frente de casa #mossorodasantigas" esse comentário seguia outra linha. O registro, o recorte sociocultural de uma sociedade que mudou drasticamente nos últimos anos.

Uma sociedade que está interiorizada dentro de quatro paredes e dentro de uma tela de computador. Não temos mais tempo para brincadeiras na rua. E para que?

E pense na quantidade de comentários que enumeravam a diferença entre as gerações. Diferenças gritantes. Valores que até chegam a se contrapor, em alguns casos.

E ainda dizem que os ‘tweets’ eram desnecessários. Nessa questão, me lembra aquele velho ditado "não se fazem crianças como antigamente".

Brincadeiras e segurança pública de lado, observamos que a rivalidade histórica entre as cidades também apareceu na tag (#) ou marcação. Mais uma vez ressaltamos a questão histórica entre os habitantes de cada cidade.

Quem já leu Câmara Cascudo sabe o que eu estou falando. CC sempre brincava dizendo poemas de natalenses contra natalenses, natalenses contra mossoerences, mossoerences contra mossoerences. Faz parte da cultura mundial - sermos diferentes.

No entanto, descartamos todas as manifestações baixas, vulgares, sem mérito nessa discussão. Uma vez que essa discussão, 'briga' não irá acrescentar em nada a questão.


Retomando a questão principal desse artigo, a história de um povo nasce no momento do dia-a-dia. Das conversas informais. Só assim saberemos quem um dia fomos e o que nos tornamos.

Eu quero dizer que nunca, mas nunca diminuam qualquer movimento, qualquer conversa, qualquer brincadeira na grande rede. Mesmo que seja a mais banal de todas. Tudo tem um sentido, tudo provoca um sentido.

A sociedade de hoje está reconhecendo, de fato, a sua pluralidade com o uso intensivo das redes sociais. Nunca na história da humanidade ouvimos tanto como estamos ouvindo agora.

Permita, esteja preparado para ouvir e para ser ouvido. O mundo precisa disso.

domingo, 24 de julho de 2011

Amy Wihehouse: Uma forte voz para um corpo fraco .

"Pai, Amy Winehouse morreu aos 27 anos! É a maldição dos 27!" comenta Priscilla.
"Não minha filha, é a maldição das drogas" contra-argumenta o pai de Priscilla.



A cantora de 27 anos famosa pelas apresentações polêmicas que bebia vodka, fumava cigarros atrás de cigarros, desmaiava, cambeleava e utilizava, segundo sites de fofocas, outras drogas, abandonava a sua carreira de artista e de viva na tarde deste sábado (23).

Amy, como a maioria a chamava, era uma cantora com uma poderosa voz. Chamou atenção pela sua excentricidade, chamou atenção por, diferentemente das outras cantoras, criar o seu próprio estilo de cantar, de performar, de se apresentar.

Ela não era de seguir modismos culturais. Ela seria o próprio molde.

Quem vê Winehouse acredita que ela não foi feita para o século XXI. Foi feita quem sabe para os séculos passados. Tempo (auge) dos hippies. Alguns dizem que ela fez ressurgir "O paz e amor".

Uma vez conheci uma amiga que foi para o show dela no Rio de Janeiro. (A mesma Priscilla lá de cima) e ela disse que durante o show dela, ela cambelou várias vezes. "Era visível que ela estava usando alguma droga (álcool também é droga!), mas não tirou a garantia do bom show. Do show de Amy WineHouse" declara Priscilla.

E é com esse pequeno texto sobre essa cantora ímpar que vamos nos despedindo.

Back to Black





sexta-feira, 6 de maio de 2011

Salve as cores dessa cidade

Esse é um ensaio de uma câmera de celular que fiz em apenas um único dia. São apenas alguns retratos de uma cidade que demorou a se urbanizar (apenas no séc XVIII), no entanto, se diz altamente evoluída e que despreza os pequenos detalhes.

A cidade que foi vila por mais de três séculos, no entanto, que recusa esse passado sombrio, pois se orgulha de pagar altos impostos e ter um dos custos de vida mais elevados do país. E ter os moradores mais "democráticos" pois compartilham de todas as idéias dos políticos sem hesitar, por que afinal, votaram satisfatoriamente nos seus representantes e sabem que todas as suas vontades são, de fato, as do coletivo.

E quando ultrapassada o tempo de vila, se transforma numa cidade que tenta a todo custo se firmar como Grande Cidade, pólo de qualquer coisa. Se orgulha dos carros importados que ali trafegam. Das Marcas de roupas importadas que usam, e que algumas delas, nem sabem pronunciar e de onde vieram. O que elas patrocinam, nem que seja o trabalho infantil ou a potencialização do aquecimento global ou desmatamento das grandes florestas.

É uma cidade de aparências que vive e respira o cinza. Que se orgulha de ver prédios sendo construídos cada vez mais altos e desemfreados. Se orgulha de não ver mais o mar, de não ter mais brisa. Afinal para que tudo isso? Não precisamos, temos nossas casas de praia, casas de campo ou carros 4x4 que podemos parar em todos os cantos e desfrutar de tudo e todos.

Somos grandes empresários, somos médicos de prestígio, somos engenheiros de respeito, somos e somos, ou gostaríamos de ser... E nessa escala de cinza que vivemos, alguns animais lutam pela salvação das cores, do passado, do saudosismo, da vida, da liberdade...

Se você, assim como eu esqueceu do que é viver a cor em meio ao cinza, está aí algumas fotografias. Espero que goste. Elas foram tiradas no transito do dia 03/05/11.






"Esquecemos que atrás de motoristas, promotores, juízes, médicos, somos animais que vivem em um contexto mutável que está perdendo as cores. Tudo está entre o branco e o preto, em uma escala finita de cinza construída artificialmente".



terça-feira, 19 de abril de 2011

Quarenta guerreiros com milhares de rostos

Quarenta guerreiros com milhares de rostos

Manifestantes se unem para protestar contra preços abusivos da gasolina

Por: Gunther Guedes

Não tinham as caras pintadas, não usavam roupas de palhaços e não eram estudantes de medicina brigando e correndo contra a ditadura militar, mas eram jovens e adultos com idéias reivindicando e lutando contra os preços absurdos de gasolina cobrados pelos donos de postos de gasolina na cidade do Natal.

A movimentação que nasceu de uma pequena classe burguesa, no entanto que abrange toda uma sociedade contrariada começou apenas com alguns comentários insatisfeitos na grande rede, assim como outros movimentos, no entanto, ao contrário dos fracassados se tornou Off-line, ou seja, saiu das redes sociais e se tornou expressão política e social no contexto real da cidade. Houve, de fato, a chamada revolução Off-line.

E nessa revolução, mais de 15 mil pessoas integram cada comunidade/perfil das redes sociais. São pessoas que compartilham informações a respeito do tema. E nesse partilhar, adotaram ações emergentes, entre elas o “Boicote aos postos de gasolina BR”. Uma iniciativa que já está no sexto encontro e sempre opta por ocupar postos de gasolina, que aumentaram drasticamente os seus preços, como forma de protesto e fazer-se ouvir.

No sexto encontro do grupo, eles ocuparam um dos postos mais importantes da cidade, o Posto BR localizado na esquina da Prudente de Morais e Bernardo Vieira, duas principais vias de transporte da cidade. Eles queriam estar visíveis aos olhos daqueles que nada vêem se não fossem à tela do computador ou a traseira do carro da frente.

No entanto, esses mesmos motoristas vidrados e amedrontados pelo terror das grandes cidades, assistiam naquele momento a aquele espetáculo da democracia. Não sabiam o que achavam. Alguns diziam que era sensacional ou ato de bravura, outros, entretanto, afirmaram que era loucura ou ato de vandalismo. As opiniões se misturavam como as cores dos carros que ali trafegavam.

Os ditos vândalos, não quebraram nada que não fosse o silencio da insatisfação de milhares de consumidores. Eles se orgulhavam de terem saído da frente do computador e de suas redes sociais e se terem se unido ao convite da democracia. Abandonaram o só falar para fazer.

E assim o fizeram. Dos 15 mil guerreiros, apenas 40 guerreiros e guerreiras trocaram os 140 caracteres do Twitter por panfletos entregues nas ruas. Agora a única coisa que eles seguiam eram suas próprias ideologias e convicções. “Nós não vamos parar até que os donos de postos de gasolina abaixem os preços do combustível! Vamos nos manter firmes!” exclama Eric Cavalcanti, estudante de direito e dono do perfil @gasolinanatal.

Eric permanece dentro do posto com um megafone. Fala com os motoristas dos carros, com passageiros do ônibus e com os pedestres. Chama todos para lutar pelos direitos. E mais uma vez, alguns riem, outros batem palmas e outros fecham os vidros. Mas Eric e seus companheiros não desistem.

Longe da correria, está o Marinilson da Silva, frentista do posto. Ele assiste a todo aquele movimento distante. Prefere não ser flagrado pela câmera do local onde trabalha contribuindo com tal movimentação. Afirma que a iniciativa é válida para a sociedade de maneira geral. “O que eles estão fazendo é para beneficiar todo mundo. Muitos chegam aqui e reclamam que sofrem ‘assalto’, eu entendo eles. Nós devemos procurar o que é melhor para cada um” defende.

“Eu tenho minha moto e sempre procuro os postos mais baratos. É natural de todo mundo. Mais os postos estão muito caros! Precisamos de pessoas corajosas como essas. Admiro eles” comenta o Marinilson.

Questionado sobre o que o chefe diria daquela manifestação, o jovem trabalhador diz que a manifestação pode ter chegado aos ouvidos do chefe, no entanto, nenhuma ordem foi declarada. “Ele deve esperar para ver o que acontece. Acho que ele não vai mandar fazer nada” comenta.

Parece que dessa vez o Marinilson estava certo, no entanto, em outros momentos manifestantes foram ameaçados ou constrangidos de diversas formas. Como no caso do idealizador e coordenador do @viacertaNatal e um dos grandes incentivadores da campanha #combustíveismaisbaratoja, Hudson Silvestre, que foi ameaçado e intimidado nas redes sociais e agredido fisicamente por um motoqueiro em uma cobertura de tráfego.

Hudson que tem dificuldade de locomoção e anda com o auxílio de muletas disse ao jornal Diário de Natal que o agressor começou a dar murros e chutes e ele não tinha como se defender por conta da sua dificuldade de locomoção. Quem o ajudou foi o motorista do carro que estava envolvido na colisão.

E não pára por ai. Alguns manifestantes na internet relataram que foram intimidados em outras mobilizações por fotógrafos misteriosos. Segundo os manifestantes, esses fotógrafos se aproximavam e capturavam imagens para amedrontá-los. No entanto o próprio poder público já decretou que qualquer atitude dessa forma seja denunciada para medidas legais e apuração.

Sobre ameaças e violências, Eric comenta que seu grupo nunca foi ameaçado ou agredido. Todos os métodos do seu grupo são pacificadores e não visam à violência ou o combate físico. Ele ainda afirma que ameaças podem atrapalhar a democracia “ameaças sempre vão existir quando vamos de encontro com os interesses de outra pessoa ou grupo. Nesse caso é o da população versus os donos de posto. Temos que ter cuidado” comenta.

Mas nem de momentos trágicos e tensos vivem as manifestações. Segundo a nutricionista Lizandra Rufino, 23, a iniciativa é um ótimo exemplo de viver a democracia de forma saudável, animada. “Toda hora as pessoas estão buzinando para a gente. Os motoristas e o pessoal do ônibus acenam. Todos estão juntos por um objetivo” comenta a jovem que levou sua irmã e o seu vizinho para ajudarem na campanha.

Liza, como gosta de ser chamada, disse que ligou para outros amigos informando da iniciativa. Mas muitos estavam ocupados e não puderam ir. “Todos precisam viver esse momento! Eu espero que mais pessoas venham conhecer e contribuir com a gente” conclui a nutricionista.

E no final da entrevista e da movimentação o grupo de fortes e destemidos guerreiros são chamados para uma fotografia. E um por um vai vindo timidamente para a foto. Pedem para esperar dois membros que atravessam a avenida. E quando todos estão prontos, alguns sorrisos tímidos são fotografados. Talvez, eles não saibam que ali não estão apenas quarenta rostos, mas milhares de rostos. Milhares de rostos insatisfeitos que continuam a se esconder atrás de telas de computadores.

sábado, 26 de março de 2011

Hora do planeta

Todas as televisões estavam ligadas. As pessoas falavam isso em suas redes sociais e até os que não entendiam direito de Twitter, orkut, facebook e outros recursos tecnológicos do século XXI sabiam da existência da iniciativa da WWF. A hora do planeta estava, de fato, no dia-a-dia da sociedade.

Segundo os principais jornais, era obrigação de todo cidadão saber que no dia 26-03-11, as pessoas desligariam suas luzes, computadores, televisões e outros aparatos tecnológicos ligados a energia por apenas hora. E ai daqueles que não desligassem...

Sabendo disso, um casal de idosos estava em sua casa quando receberam uma ligação. Era um dos seus netos, Hugo, lembrando aos dois a hora do planeta e o que eles deveriam fazer. Hugo tinha por volta dos seus 10 anos e foi aconselhado pela sua professora de quinta série que deveria avisar o maior número de pessoas e ajudar o planeta a se recuperar. Como se ainda pudesse...

Saindo da inocência dos 10 anos e de mundos de brincadeiras, os idosos atenderam o pedido do seu neto. Saíram desligando tudo em sua residência. Desligaram o rádio, a televisão, a geladeira (o que todo mundo esqueceu de desligar), o microondas, e tudo o que lembraram. E não sabiam o que fazer, mas ao contrário dos outros, eles não ligaram novamente... eles resolveram que iriam voltar aos velhos tempos, e assim o fizeram.

Foram em seus quartos, pegaram roupas de frio, foram a cozinha e pegaram algumas frutas na cesta. Cortaram alguns pedaços de queijo, abriram um bom vinho para ele e uma garrafa de suco para ela e foram se sentar na varanda de seu apartamento. E por ali ficaram durante um bom tempo...

Assistiram a quase todo o espetáculo consciente. Viram da varanda de 7 metros quadrados que poucos se lembraram ou foram avisados da hora do planeta. Muitos permaneceram em seus computadores, outros na televisão, outros até deram uma festa com globo de luzes e outros aparelhos modernos que vemos em filmes... eles não tinham netos chamados Hugos para alertá-los, assim pensaram.

E quando estavam tristes com a quantidade de pessoas desavisadas, eles olharam para cima, viram que em cima daquela cidade que despreza sua natureza, existia um céu estrelado e intenso. E fizeram um pedido: que nenhum outro planeta dedique apenas uma hora de sua vida de milhares, ao seu planeta que vem tentando brilhar e sobreviver por milhões.

terça-feira, 22 de março de 2011

Ciclo da água


Pedro e Marina, dois alunos da quinta série de uma escola da cidade, estavam conversando sobre o dia mundial ao combate ao desperdício da água. Os dois tinham ouvido sobre todos os problemas que a humanidade estava passando. Eles não entendiam direito como tudo aquilo poderia ter acontecido por tanto tempo e ninguém teria feito nada para mudar. Até que Marina explicou sua teoria.

-"Pedro, acho que eu finalmente entendi os adultos. Eles deixam tudo para resolver em cima da hora. É assim que tudo funciona" comenta Marina empolgada. "É como mastigar um chiclete de morango, no começo mastigamos o chiclete com toda força, queremos sentir o sabor do morango de maneira intensa, forte, queremos a todo instante ter aquela novidade, provar daquele sabor, mas com o tempo vamos vendo que o sabor vai sumindo, desaparecendo, e o que fazemos? Diminuimos as mordidas. Aos poucos vamos tentando extrair o máximo do restante, do final. Se estivessemos feito isso desde o começo poderíamos ter passado horas com aquele chiclete, no entanto, não pensamos assim. E vamos e jogamos fora aquele chiclete e colocamos outro na boca. É isso que está acontecendo com a água. No começo achávamos que era infinita até descobrir que tinha fim, e quando começamos a sentir a sua escassez, ficamos com medo e passamos a economizar. Mas foi tarde demais. Agora não podemos jogar no cesto como o chiclete e o que faremos agora? Eu não sei. Meu pai disse que vamos para outro planeta, espero que não seja mais um chiclete que vai para o cesto depois".

E pedro se mantém em silêncio.

A vida se despede com água de lágrimas.

Deus, livra-nos dos normais


Normais levantam, reclamam, vestem, irritam-se, xingam e
cumprimentam sempre da mesma forma.
Dão as mesmas respostas para os mesmos problemas.
Tem o mesmo humor no serviço e em casa.
Petrificam sorrisos no rosto, dão presentes sempre nas mesmas datas.
Enfim, tem uma vida estafante e previsível. Fonte para vazios e enfados.
Normais não surpreendem, não encantam.
Deus, livra-me dos normais.

(Augusto Cury)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Conversas

Hoje andava por um shopping da cidade quando ouvi uma conversa interessante. Uma menina por volta dos cinco anos conversava com sua avó, por volta dos 65 anos. As duas muito bem vestidas caminhavam elegantemente pelo shopping quando se depararam com uma vitrine de uma loja de celulares.

A menininha com voz suave e meiga parou e ficou encantada olhando a vitrine. Parecia encantada com todos aqueles aparelhos eletrônicos que via. Todos muito bem atraentes para os olhares tanto infantis como adultos. E até que veio o pedido.

"Vovó, a senhora poderia me comprar um tablet? Eu te dou oito reais para ajudar"

A avó que segurava a mão da menina deu uma bela risada e disse que naquele dia não, mas voltariam para ver. A elegante senhora nem ousara tentar pronunciar o nome do objeto e nem tentar saber o que seria. Ela simplesmente estava se deliciando em uma bela risada de contentamento e orgulho de sua netinha.

O rosto da nobre senhora tinha um ar de admiração e surpresa. As crianças de hoje tem cada vez mais sonhos de pessoas adultas, no entanto, já a inocência vai se perdendo... desaparecendo... em meio a tantas revoluções tecnológicas e de valores... No futuro teremos que preservar as boas netinhas...

quarta-feira, 16 de março de 2011

The dreams made you


A long time ago there was a small country that have never seen earthquake. The small country passed all days imagining how could be a earthshake and pray for god to see it.

One day at the summer, the earth started to shake and in a few seconds the floor slided and the small country and everybody who lived there met the power of the earthquake. They were terrified.

After that, the small country wished to never see another earthquake, it was too much for him. But god appeared and said "Now It was too late and every year you, Japan, will meet the power of the earthquake and the power of your wishes. So pass your story for other countries and teach them".

The dreams made you.

The end

sexta-feira, 11 de março de 2011

A mulher da mudança

Marilene Ferreira, era uma senhora de 60 anos que andava com vestimentas sempre discretas e uma voz suave e delicada. Era um exemplo perfeito do ideal feminino das décadas passadas, uma mulher recatada que passava horas e horas em sua casa preparando as refeições para seu marido e seus filhos. E assim foi levando durante décadas e décadas...

Marilene vivia na mesma casa fazia anos, não pretendia se mudar. Conhecia todos que moravam ali, até algo foi mudando, aos poucos seus vizinhos foram se mudando para apartamentos, seus filhos se casando e de repente seu marido chegou a falecer. Estava sozinha no mundo e teria que agora sair de casa e resolver todas as suas contas e procurar entender um pouco além de passar e engomar roupas.

No começo para ela era tudo muito complicado, as mulheres estavam totalmente diferentes, andavam com vestidos mais colados e mais curtos. Dirigiam seus próprios carros e não pensavam em se casar. Nas lavanderias a quantidade de homens e mulheres disputando uma máquina para lavar as roupas era a mesma. Os dois sexos andavam igualmente ocupados e disputavam por igual os mesmos empregos. Para a completa estranheza de Marilene.

A nossa personagem não sabia onde tudo aquilo teria se originado, quem teria sido a primeira mulher a tentar algo diferente e como ela teria feito. Ela ficou pensando no quanto as coisas mudaram e como teria sido sua história sem ter dedicado todo o tempo da sua vida ao seu marido e aos seus filhos. Então, ela teve a maior de suas dores de cabeça e resolveu retornar a sua residência.

Naquela noite, em sua oração pediu a Deus que a fizesse voltar para a década passada. Ela não suportaria viver naquela época em que o sexo feminino estava tão diferente, autônomo, independente. Ela não poderia suportar. Era pesado. E foi dormir.

Dormiu e sonhou que Deus teria resolvido atender seu pedido e ela retornou 40 anos de sua vida para o seu casamento. Ela agora estava com belos 20 anos, no entanto, foi no meio do juramento que o padre e conselheiro da região proferia suas belas palavras que Mari prestou atenção. Em suas palavras de Mestre, o ancião disse que "os dois noivos deveriam se amar independentemente da saúde ou da doença, da riqueza ou da pobreza, em perfeita harmonia e sintonia, deveriam estar em plena igualdade de sentimentos e de liberdade" e foi nesse momento que a Marilene de 60 anos e fora dos sonhos se questionou que em nenhum momento, a mulher deveria ser inferior ou subordinada ao homem. E ela acordou.

Acordou e foi lavar a louça, a roupa e a casa. E decidiu que sua vida poderia ter sido até então em vão, mas iria agora abrir a boca e dizer que ninguém nasce para viver para outro alguém. Ninguém é subordinado de ninguém. Somos todos livres, independentes. Podemos ir onde quisermos, por que temos meios para chegar e os nossos sonhos para nos guiar.

Marilene então decidiu que se casaria novamente. Queria o mais belo dos seus casamentos. Ela se casaria então com seus sonhos, com a sua própria companhia e não com outro homem.

Após a decisão, Mari conheceu 86 países em 10 anos e hoje vive em um asilo feliz das conquistas que teve e da vida que viveu. E se perguntarem para ela, se ela se arrepende de alguma coisa de ter feito, ela disse que se arrepende de não ter sido a mulher da mudança. A novata das idéias e das concretizações.

Perda de tempo

Se eu e você fechassemos os olhos, a boca e os ouvidos para tanta coisa, acho que seríamos felizes. E não precisaríamos estar sempre armados, munidos de rancor e ódio. Você viveria a sua vida e eu a minha. Nossas estradas poderiam voltar a se encontrar, mas nesse momento um bom dia ou uma boa tarde seria tudo o que nos envolveria e nos afastaria ao mesmo tempo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Era apenas uma história para dormir...

Estava me preparando para dormir e um amigo meu me liga desesperado. Ele estava cansado de tudo e todos. Achava que tinha poucos ou nenhum amigo e me pediu para contar uma história. Confesso que li poucas histórias infantis, não que eu não gostasse, mas talvez por que me faltava vontade de trocar o computador ou a televisão pelos livros. Que tristeza. Mas mesmo assim inventei uma história, baseada em todas as histórias que ainda restavam na minha mente, e a história saiu mais ou menos assim.


Um menino vivia sozinho em seu próprio mundo. Desde criança aprendeu que poderia pintar o seu mundo inteiro da cor que mais gostava, plantar suas rosas e flores preferidas e escolher o canto dos pássaros. Por que era ele quem mandava naquele pequeno mundo. Foi crescendo e o mundo foi crescendo também, mas em proporções diferentes. Ele crescia muito mais rápido do que o mundo poderia crescer. Até que um dia, para sua surpresa, o mundo parou de crescer, e ele gigantesco para o mundo viu que teria que se mudar para um novo mundo, maior, mais espaçoso para pôr assim tudo o que ele gostaria de criar e construir para se satisfazer. E sendo assim construiu uma aeronave.

A aeronave tinha sua cor favorita como tudo o que existia no seu mundo. Ela era azul clara e no ar ficava transparente devido a semelhança com a cor do ar. E com a sua nave decidiu viajar. Ao sair do seu pequeno mundo, foi notando que a cada minuto o seu mundo parecia menor, as cores, e os objetos que ali estavam cada vez se tornavam mais imperceptíveis ao olhar, e logo desapareciam. E desaparecia também o seu mundo. Ele achava tão poderoso, tão grande de si, e de repente tudo o que ele conhecia e acreditava não estava mais visto. A sua vida tinha desaparecido.

Triste e desapontado com a irrelevância do tamanho das coisas, no primeiro momento decidiu que tudo o que vivera foi um erro, sua vida não fazia sentido. Tinha sido um ser medíocre e sem tamanho. Todas as horas que passou construindo e arquitetando seu mundo foram inúteis. Desejava um mundo maior, para assim todos do universo pudessem vê-lo e se orgulhassem de seu tamanho e competência. E sendo assim mudou o percurso da viagem e foi direto ao Sol, a estrela maior da constelação.

A cada segundo de aproximação do sol, seus sonhos aumentavam junto com o sol. E assim foi. Todos os outros planetas olhavam a cena cautelosamente, não era a primeira vez que assistiam aquela cena. Todos os dias, novos viajantes cheios de si, saíam das suas vidas para serem considerados os melhores, os deuses da vida. E assim se perdiam nos seus próprios sonhos. Mas o que elas não perceberiam, é que ao sonhar alto demais, e querer passar por cima dos outros, elas acabavam se tornando uma parte integrante de uma estrela maior, o SOL. E seriam para sempre coadjuvantes de outra vida.

Muitas vezes sonhamos alto demais, e não percebemos o quanto miseráveis somos. Não somos sóis ou luas de ninguém. Somos sonhadores, admiradores de um complexo infinito que só precisa de nós para preencher seus espaços vazios.

E o viajante se juntou aos outros viajantes e hoje brilham no céu. Os que aprenderam a importância da vida e a relevância das coisas se tornam estrelas cadentes e têm seus minutos de estrela e de novos sonhos.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

"Pai, quero ser político"

Um dia desses cheguei com uma vontade diferente. Cheguei com vontade de ser político. Eu sei que tenho apenas 20 anos, mas o que importa? Eu estou cursando universidade e muito político que nem sabe o que é isso. E se sabem, não se importam de fato. Mas vamos voltar a minha decisão, propriamente dita. Eu queria ser político e tinha que falar para os meus pais.

Estava lá, decidido. Fui chegando calmamente, meu pai estava assistindo tv em sua cadeira favorita (aquelas cadeiras do papai que todo pai precisa para se sentir seguro e imponente dentro de sua própria casa) e fui falando mansamente.

- Pai, preciso contar dos meus novos planos. (Nesse momento, ele vai se virando, diminuindo o volume da Tv e parece que já está se aborrecendo com aquela pertubação vespertina).

- O que é? Decidiu que jornalismo não era o que você queria e que você quer ter uma família e poder sustentá-la com seu salário?

- Não é sobre jornalismo diretamente (após todas essas declarações, quase não sei se continuo ali ou não. Essa reclamação do curso de jornalismo surgiu meses antes quando falei para ele que o diploma tinha caído e que o piso salarial da minha profissão valia 900 reais e que dois estágios já superaram meu piso salarial e que todos os meios de comunicação do RN eram de políticos e que tinhamos que nos aliar a algum deles). ... É sobre profissão, ou melhor nem sei no que se encaixa.

- Então abra logo o jogo. Precisando de um intercâmbio? Por que todo jovem diz que precisa de intercâmbio hoje em dia. Na verdade só quer beber em outro país.

-Não, eu quero ser político. (Assim que eu falo, ele olha seriamente para os meus olhos como se fosse alguma piada e que eu tava escondendo alguma câmera para filmá-lo, ele percebe que não tem câmeras, segura algumas palavras e diz).

- Vou logo te dizendo que não sou político, sua mãe não é política, ou seja, não temos políticos na família. Não somos grandes empresários, não temos como financiar sua carreira. Escolha uma que não precise de tanto dinheiro. Volte para o jornalismo, pensando bem é mais fácil você conseguir construir uma rádio. E depois quem sabe... com algumas palavras de auto-ajuda, fingindo ser amigo do povo quem sabe.

É, eu desisti. E você tem alguém que te sustente?


Entre arrobas (Twittando 11)

@GuntherGuedes: Você caminha... caminha... e caminha... não encontra o que procura. Você volta? Não, levanta a cabeça.

@GuntherGuedes: Vou carregar na memória o que valer a pena. O que não merecer, a tristeza leva com ela. Meu nome é Felicidade.

@GuntherGuedes: O seu abraço tem um encanto. E do seu encanto eu me perdi.

@GuntherGuedes Mubarak sai após 30 anos na frente do poder. Políticos brasileiros estão na frente a 40 anos e não saem. É carnaval!

@GuntherGuedes Saber fotografar é reconhecer os detalhes e saber quais devem ou não entrar no registro.

@GuntherGuedes: Momento apagão: Procura-se a noiva do sol. Paga-se recompensa

@GuntherGuedes: O apagão me fez perceber que sobre a cidade existe um céu estrelado.

@GuntherGuedes: Muitas vezes somos crianças e que não enxergamos que a brincadeira já acabou e devemos viver seriamente.

@GuntherGuedes: Devemos ter consciência das nossas palavras e dos nossos atos. Tudo tem consequência.

@GuntherGuedes: Sim, nós podemos tudo quando temos boas intenções e pessoas para realizá-las.

@GuntherGuedes: Queria que as coisas que eu não gosto durassem no máximo um segundo.

@GuntherGuedes: Ser feliz nos sonhos e na realidade. Esse deve ser o nosso objetivo.

@GuntherGuedes: Ninguém acredita quando dizemos que somos felizes sozinhos. É... Eles estão certos. Eu me amo e o meu amor é tão grande que vale por dois.

@GuntherGuedes O Brasil continua a viver em um período de escravidão das boas ideias. Tantos jovens inteligentes pensando besteira.

@GuntherGuedes Para que ser sério? Tem pessoas sérias demais no mundo.

@Cantodosaber "Pare de olhar para trás. Você já sabe onde esteve. Você precisa saber para onde vai...

@GuntherGuedes: A felicidade de um amigo transborda para todos os lados e contagia os demais. E você percebe que é bom ter amigos e torcer por eles.

@GuntherGuedes: Jornalistas, as fontes (pessoas) não podem e nem devem ser desprezadas. Cuidado. E isso vale para todas as profissões!

@GuntherGuedes: E quando acaba? E quando você não sabe agir? O que você faz? Senta e chora? Eu diria então que escolheram o espermatozóide errado.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Piadas políticas, nós vemos por aqui.

Piada sobre as possíveis candidaturas de Fábio Faria e Felipe Maia para prefeito de Natal em 2012.



Enquanto isso em Brasília... Felipe Maia e Fábio Faria conversam sobre seus planos para 2012.´

Fábio Faria: "Meu nobre amigo estou pensando em me candidatar a prefeito de Natal, o que você Felipe?",

Felipe Maia: "Pensei na mesma possibilidade meu amigo. Mas será preciso morar em Natal?"

Fábio Faria: "Não sei".

Felipe Maia: "É, e agora o que fazemos?".

Sem resposta.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Testemunho de Lourdes Guedes sobre amor

Casa reunida para o Natal. Homens com idade superior aos 16 anos conversando com o patriarca da família, meu avô. Mulheres com idade superior aos 18 anos dentro do primeiro quarto conversando futilidades e fofocas sobre as outras pessoas dos outros cômodos, e os demais sentados na cozinha ouvindo os ensinamentos da matriarca da família, minha avó.

Essa cena, ao contrário do que vocês devem estar pensando, não era comum na casa dos meus avós paternos e acredito que até um pouco raro de acontecer essa separação, portanto me chamou tanta atenção ao longo da vida minha. O episódio aconteceu quando eu tinha apenas 12 anos (lembro muito bem) e era o primeiro da fila para ouvir a minha sábia avó, dona Lourdes Guedes.

Logo no começo de nossa conversa, minha avó conta quantos netos estão sentados e verifica se está faltando algum. Parece que todos estão sentados. Então, como em uma forma de começar o diálogo ela arruma os cabelos, arruma a posição da cadeira, coloca um copo de água na mesa e começa a proferir seus belos ensinamentos.

Minha avó sempre foi aquele tipo de pessoa carinhosa, dedicada ao marido e a família. Mas isso não implica dizer em uma mulher submissa ou presa ao machismo da sociedade. Ela sempre usava conjuntos comportados. Nesse dia ela estava usando um conjunto branco com detalhes em azul claro. Cabelo solto, ela sempre usava assim. Ela era o exemplo de uma pessoa elegante sem precisar de vestidos e roupas caras.

Pronto, após dizer mais ou menos como minha vó estava podemos começar e reproduzir os seus ensinamentos.

Amor.

Para ela nenhuma história de amor verdadeiro tem fim. Quando duas almas gêmeas, feitas uma para a outra, se encontram ninguém ou nada pode separar. Você deve está pensando quanto romantismo e sentimentalismo do século XX ou do século XIX está presente nesse discurso, mas ela argumenta sua teoria.

Para ela sempre acreditamos que aquela pessoa que nos fez chorar no passado era o nosso amor idealizado como perfeito, no entanto, ele ou ela não era. O amor verdadeiro te acompanha para o resto da vida e muitas vezes não abrimos nossos olhos e deixamos apenas em amizade.

Mas por que ela acredita tanto nisso? Na época minha vó estava casada com meu avô a quase 60 anos (meu avô morreu no ano de 2006 e essa história aconteceu em 2002) e os dois teriam prometido que se amariam enquanto Deus permitisse e achasse que o amor deles enfrentaria todas as adversidades da vida. E o amor enfrentou.

No juramento dos 60 anos de casados dos meus avós, minha vó disse que não suportaria viver sem a presença do meu avô e ele afirmou que a recíproca era verdadeira. E no ano de sua morte, 4 anos após esse discurso, minha avó começou a apresentar um quadro de Mal de Alzeimer, esquecimento progressivo que atende o cerébro.

Na morte dele, minha avó não pôde comparecer ao enterro do meu avô. Todos os filhos acreditavam que seria a melhor forma de alimentar aquele amor que não tem fim. Nem mesmo com a morte. E eles estavam certos. Minha avó, após quase 5 anos, relembra do meu avô e jura amor a ele.

Em algumas noites, minha avó pergunta pelo seu amado e te dizem que ele está viajando e que deve voltar mais tarde. Ela deita tranquila na espera do seu amor. 5 minutos após ela já esqueceu da pergunta e dorme o seu sono tranquilo.

Falaram que é errado alimentar um amor assim. Pode parecer a primeira vista. Mas ela uma vez emuma de suas noites de sono teria dito "Te amo mundinho (como ela chamava meu avô)". E assim decidimos que deveríamos manter aceso o amor de tantos anos em sua mente.

Hoje a doença avançou e ela está mais fraca. Sua memória não faz lembrar o nome dos seus netos e agora com mais frequência dos seus filhos. Mas só tem um nome que ela não esquece - o de Raimundo Guedes, o amor da sua vida.

"Quando encontrar o amor da sua vida, Deus vai tocar o seu coração e dizer que a felicidade reside ao lado daquela pessoa e nada e nem ninguém vai poder separar" (Lourdes Guedes) e eu digo mais nem mesmo todas as doenças desse mundo e todas as suas maldades. Quando o amor é verdadeiro ele vive nos corações e tem a mesma batida.

Inspirado nesse amor verdadeiro peço para que vocês meus leitores amem de verdade. Se apaixonem de verdade. E quando chorarem por amor, lembre-se que o amor verdadeiro está te esperando lá na frente e você vai saber o que é amar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Entre arrobas (Twittando 10)

@GuntherGuedes: Toda discussão deve ser vista como fomento ao conhecimento, portanto ela é válida.

@GuntherGuedes: Sempre opte por falar a verdade. A mentira (mesmo a de boa causa) apenas ameniza o presente. A verdade solidifica o futuro.

@GuntherGuedes: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não só por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés".

@GuntherGuedes: "(...) precisa descobrir o mundo que lhe pertence. E as coisas que nunca serão suas".

@GuntherGuedes: Para muitas pessoas, os bons jornalistas são aqueles que só entrevistam os grandes nomes. É o erro mais fatal e comum da profissão.

@GuntherGuedes: Quem somos? Para muitos somos o consenso de opiniões de terceiros.

@GuntherGuedes: Quem somos? Somos algo por instantes e não por uma vida inteira.

@GuntherGuedes: "A saudade é o espinho que fere dia e noite" Afonso de Santa Cruz.

@GuntherGuedes: Somos a soma das nossas realizações em vida.

@GuntherGuedes: "O que simboliza a grandeza de um momento não é quanto você paga em um ingresso, mas quem você leva para se divertir com você".

@melhoresperolas: "Sono é quando a gente desiste de esperar que o dia termine" Por Emerson Batista.

@famousphrases: 'Na infância…bastava sol lá fora e o resto se resolvia.' Fabrício Carpinejar

@GuntherGuedes: "A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras", Machado de Assis.

@GuntherGuedes: Cuidado ao seguir os conselhos dos outros. A sua vida pode até ser parecida com a do seu conselheiro, mas nunca será igual.

@GuntherGuedes: O necessário é viver com pouco e ser feliz.

@GuntherGuedes: O passado não deve ser entendido como martírio e sim como aprendizado.

@GuntherGuedes: Se não houve esforço, então não houve luta.

@GuntherGuedes: "Pense positivo. Sempre estão pensando em você. Nem que seja as 'muriçocas' em baixo da sua cama"

@GuntherGuedes: Intelectual não é aquele que só sabe escrever bons e difícieis discursos, mas sim aquele que articula as palavras de acordo com seu público.

@GuntherGuedes: O Futuro mandou avisar: "Não repita os erros do passado. Corra atrás do que você quer, sonha, almeja e só assim terá um novo ano".

@GuntherGuedes: O tempo mudou. As nuvens estão diferentes e eu não consigo mais reconhecer as formas que elas produzem. O tempo é outro.

@GuntherGuedes: E na mesma rapidez que o tempo é outro, o tempo é ouro e não podemos perder tempo para nos adaptarmos e aproveitarmos cada oportunidade.

@GuntherGuedes: Hoje o dia é do samba, do pop, do rock, do pagode, do forró, ou seja, só não é dia de tristeza.

@GuntherGuedes: O grito da saudade ecoou pelo meu corpo como se não houvesse nada sólido dentro dele.

@GuntherGuedes: As pessoas não deveriam ir nem para a esquina se não fossem voltar.

@GuntherGuedes: Não existe diferença entre os segundos e os anos quando falamos no passado.

@GuntherGuedes: Todo choro tem um motivo. Seja pelo nascimento ou pelo fechamento de um ciclo.

@GuntherGuedes: Não quero ser o reflexo equivocado de terceiros.

@GuntherGuedes: Na tentativa de me projetar para o futuro acabo muitas vezes esquecendo de agir no presente.

@GuntherGuedes: "Não troque uma certeza de felicidade por uma aventura qualquer" Autor desconhecido.

@GuntherGuedes: Tudo é considerado normal quando você tem o controle.

@GuntherGuedes: Sempre chega a um ponto que o medo invade e não sabemos reagir.

@GuntherGuedes: Devemos enterrar as más lembranças, por que as boas deixamos viver.



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem somos?

Quem somos? Essa pergunta me faço todos os dias e nunca obtive a resposta que eu queria. E não fui o único a me fazer esse tipo de indagação. Até platão ou Freud deviam ter se questionado e não obtido a resposta que queriam. E nem conseguiriam.

Para muitos somos o consenso de opiniões de terceiros. E para outros, somos o que achamos ser, mesmo que sejamos autistas em nossos próprios mundos e crenças. Pesado? Acredito que não, diria interessante.

Filósofos e poetas já fizeram textos sobre essa indagação e o que conseguiram? Confundir mais as nossas cabeças, nossas idéias e nossas vidas. Ninguém sabe quem é, nem mesmo na sua morte. Vamos vivendo e assim vamos descobrindo quem somos naquele instante. Somos algo por instantes e não por uma vida inteira.

Afinal, ninguém se conhece. E os que dizem que se conhecem são uns tolos. Por que já mudaram tantas vezes de opinião que não sabem. Queriam brinquedos, depois dar o primeiro beijo, depois a primeira noite de amor (com bastante eufemismo), depois constituirem a melhor família e no final ser perdoado por tudo o que fizeram e abusaram em toda a sua vida.

Humm... pensando assim os humanos são até previsíveis. Mas quem somos? Previsíveis? Acredito que não. Burros? Também não. Meros desconhecidos de si mesmos.